Por meio de carta à nação, que foi lida no Largo de São Francisco, em São
Paulo, os esquerdistas brasileiros argumentam que estão em defesa da democracia,
que corre risco, com as investidas insensatas do presidente da República, em especial
com seus ataques às urnas eletrônicas.
A carta, com mais de um milhão de assinaturas, tem por finalidade,
segundo seus idealizadores, repudiar qualquer iniciativa que tente assassinar a
democracia e ressuscitar a ditadura militar.
Na verdade, o Palácio do Planalto pode até se fazer de indiferente aos termos
da carta, mas a verdadeira intenção dela objetiva repudiar atos do presidente
da República.
Não há a menor dúvida de que os verdadeiros sentidos da democracia são o
pluralismo de ideais, inclusive as divergências ideológicas, a indignação e especialmente
o pacifismo, como forma da construção das liberdades inerentes à cidadania.
Diante disso, vem à mente que realmente faz sentido a defesa da
verdadeira democracia, que é o melhor regime político existente e que se tem
conhecimento, por proporcionar ao homem amplas possibilidades de liberdades, diálogo
e respeito à diversidade política.
Ou seja, a democracia somente é perfeita se
ela realmente tiver sede nos seus princípios, em que a verdade seja
transparente em todas as suas dimensões, não comportando o seu emprego para a acomodação
de conveniências e interesses.
No caso dessa carta, o seu cerne, segundo os seus autores, é a defesa de
democracia, em que se enfoca basicamente a questão das urnas eletrônicas, a
qual foi assinada também por político sem condição moral, tanto por ter sido
condenado pela Justiça, por atos de corrupção, como por defender as ditaduras totalitárias,
que são completamente contrárias ao regime democrático.
Ou seja, não tem como defender a democracia se muitos signatários dessa carta
são amantes e defensores do regime socialista/comunista, em que de democracia
não existe absolutamente nada, a exemplo de países como Cuba, Venezuela etc.,
onde seus princípios são desprezados.
Na verdade, a carta em questão não passa de manifesto em defesa
partidária, porque isso ficou muito patente no ato do manifesto, quando houve grito
como “fora Bolsonaro”, o presidente da República, e aplausos para o candidato
da oposição, que de democrata não tem absolutamente nada, em especial por ele
ser um dos autores do Foro de São Paulo e amigo dos brutamontes ditadores que
governam países de regime socialista/comunista, onde inexiste direitos humanos
e liberdades individuais e democráticas.
Em síntese, a carta somente se preocupou em criticar determinada situação,
em especial no que se refere às urnas eletrônicas e isso ficou muito evidente, mas
poderia e deveria também ter sido analisada, à vista do gravíssimo ferimento
aos princípios democráticos, sobre a candidatura à Presidência da República de político
com o nome sujo na Justiça, por seu envolvimento com atos irregulares, cujos
processos penais pendem de julgamento, sendo motivo incompatível com os princípios
democráticos.
Assim, esse fato escandaloso tem suma importância perante a ótima da
democracia, que não admite, em hipótese alguma, a participação em atividades
políticas de pessoa que tenha sido julgada e condenada à prisão pela Justiça, em
razão de ter recebido propinas, que não foram devidamente justificadas perante a
sociedade, como normalmente fazem os verdadeiros homens públicos, que sabem
sobre a sua obrigação de prestar contas sobre seus atos na vida pública.
Que
país é este que se invoca o sagrado princípio da democracia somente para
defender assunto do interesse partidário, quando outros casos também da maior
importância para o Brasil e o seu povo, como a preservação dos princípios republicanos
da ética, da probidade, da honestidade, da dignidade, são ignorados, justamente
por indiscutível conveniência?
Não pode haver pior democracia
quando ela é declarada por hipócritas, senhores da lei, com atributos da
sabedoria que se julgam os donos da verdade absoluta, mas somente aquela que se
adere à sua conveniência e atenda exclusivamente aos seus interesses, como
visto nessa carta político-partidária, que vem sendo exaltada como se ela fosse
a salvação da democracia brasileira, quando esta se encontra terrivelmente
ameaçada com o apoio a candidato condenado à prisão, pela prática de crimes gravíssimos
contra a administração pública, a exemplo da improbidade, por ter implicação com
o princípio da honestidade, que é dever da sua observância pelo verdadeiro homem
público.
Em país com o mínimo de
seriedade e civilidade, em termos democráticos, em que o povo tem consciência
sobre a importância dos princípios da honestidade, moralidade e dignidade, na
gestão pública, político em plena decadência moral, que foi capaz de participar
de esquemas de desvio de recursos públicos, conforme investigações policiais e
julgamentos judiciais, jamais teria condições de praticar atividades políticas,
exatamente porque o seu histórico de ficha suja é frontalmente incompatível com
os salutares princípios democráticos, os mesmos que estão sendo defendidos pela
carta em apreço.
Na verdade, isso somente
mostra o real nível de involução de brasileiros, que não têm caráter nem vergonha
na cara, em apoiar político comprometido até a raiz com a Justiça, por causa
dos processos penais contra ele, que ainda pendem de julgamento, fato este que
o impede, por incompatibilidade democrática, de comprovar as suas conduta
ilibada e idoneidade, na vida pública.
Enfim, fácil é a ilação de que falta
legitimidade para qualquer forma de ação, em especial para o aprimoramento da
democracia, por parte de defensores de candidato que não preenche os requisitos
essenciais de cidadania, que são exigidos para o exercício de cargo público,
com respaldo nos princípios democráticos.
Diante do exposto, apelam-se por que os verdadeiros brasileiros repudiem,
com veemência, a hipocrisia e a demagogia da insensatez política e exijam que a
democracia prevaleça na sua plenitude, de modo a se defender o aperfeiçoamento das
atividades políticas com base nos seus princípios.
Brasília, em 13 de agosto de 2022
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