Um médico
nefrologista americano doou um rim para um de seus ex-pacientes, cujo gesto
humanitário realiza o desejo antigo dele de virar doador.
O médico
especializado no tratamento de doenças renais sabia, desde quando iniciou sua
residência médica, que poderia, em algum momento, ser par ideal para alguém com
o seu mesmo raro sangue, do tipo B, à vista da compatibilidade sanguínea, que
normalmente serve de perfeita receptividade de órgãos.
Embora
fosse o seu sonho em ser doador, ele atendeu apelo da esposa dele, que apoiava
sua decisão, no sentido de que ele esperasse seus filhos crescerem para passar
pela cirurgia.
O médico
disse que "Eu queria não apenas 'falar por falar', mas fazer a
diferença na vida de alguém com doença renal”.
Em 2014,
o médico conheceu a pessoa que receberia um dos seus rins, que se tratava de
seu paciente e havia sido diagnosticado com a doença renal policística, que é distúrbio
hereditário que causa aglomerados de cistos nos rins.
Os
atendimentos clínicos continuaram por alguns anos e durante esse período o
médico conta que ficou bem próximo do seu paciente e que os dois se tornaram
grandes amigos.
O
paciente disse que “Nós nos conectamos imediatamente. Tínhamos muito em
comum. Compartilhamos o amor por viagens e piadas ruins. Na verdade, eu ansiava
por minhas consultas com ele, o que geralmente não é o caso quando você está
falando sobre como lidar com uma doença como a minha".
No final
de 2021, o médico resolveu dizer para o amigo que achava que conhecia alguém
que poderia ser seu doador e então "Eu disse: 'Sou eu'. John ficou sem
palavras. Passamos pelo processo de avaliação de nossa compatibilidade e eu era
quase uma combinação perfeita para ele".
No último
dia 29 de junho, o rim direito do médico foi transplantado para o corpo do amigo,
cujo órgão passou a funcionar de imediato.
O médico contou
que ficou muito emocionado, por finalmente poder realizar seu desejo que salvou
vida e possibilitar inspiração para outras pessoas, tendo afirmado que “A
doação de rim de doadores vivos salva vidas e eu espero que minha experiência
sirva de exemplo para outras pessoas".
À toda
evidência, a doação do próprio órgão para o semelhante, que tem por finalidade
o salvamento de vida, é gesto de extrema nobreza, que eleva a patamar mais
sublime o sentimento de amor ente as pessoas, por haver completa empatia entre
seres humanos, que se completam em atos de pura bondade.
Ressalte-se
que gesto humanitário, como esse, pode implicar sim sérios riscos naturais, em
todos os sentidos, mas em especial quanto à possibilidade, no caso, de haver algum
problema com o rim remanescente, que pode ter complicação de funcionamento e,
nesse caso, o problema passa para o lado do doador.
O
importante é que, neste caso, o doador e receptor estão muito felizes diante da
bem-sucedida operação, especialmente com o salvamento de importante vida e a realização
de um sonho, como forma da materialização do bem e do amor entre amigos.
Convém
que essa linda história seja bastante disseminada no seio da sociedade, na
esperança de que esse maravilhoso gesto de caridade humano sirva de exemplo
multiplicador de amor ao próximo.
Brasília, em 25 de agosto de 2022
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