Por
obra e graça da bondade do governo ditatorial de Cuba, alguns ilhotas terão
acesso à internet móvel em 2018, cujos serviços serão disponibilizados pela
empresa estatal, a Etecsa, que monopoliza as comunicações na ilha, passando a
atender a antiga reivindicação dos cubanos, que até o ano passado não podiam se
conectar de suas casas.
A
presidente da Etecsa insistiu no "impacto
favorável" da novidade "na
vida dos cubanos", mas não adiantou detalhes sobre o novo serviço,
incluído entre os "desafios"
da empresa para este ano.
A
verdade nua e crua é que o acesso à internet é um dos assuntos emblemáticos e pendentes
para Cuba, que é um dos países mais desconectados do mundo, em razão do
vigoroso controle da individualidade das pessoas.
Dentro
da estratégia para levar internet aos cubanos, a Etecsa abriu vários pontos de
wifi públicos, ainda nos idos de 2015, que já somam, pasmem, mais de 500 em todo
país e recentemente iniciou a comercialização de pacotes nas casas, um serviço
que só estava permitido para pequeno setor profissional, que possivelmente deve
ter sido vigiado de muito perto.
Mais
de 11 mil clientes contrataram até agora este serviço, que teve início em março
em Havana e a partir de setembro se estendeu para todo o país, conforme disse a
presidente da referida empresa.
A
empresa também mencionou o teste que estão realizando atualmente com o Banco
Nacional de Cuba, para a implementação da plataforma que permite o pagamento de
serviços de utilidade como água, gás e eletricidade com o cartão bancário via
celular.
A
presidente da Etecsa ressaltou que se encarregou de ampliar o acesso à internet
nas universidades e outros centros educativos do país, com a instalação de
novas redes de fibra ótica.
A
empresa também conectou entre si os hospitais e faculdades de medicina mais
importantes do país e estendeu o serviço a mais de 200 policlínicas e 190
farmácias, para uma localização mais eficiente de medicamentos.
A
presidente da empresa disse que "Temos
um grande compromisso com a missão que a revolução nos deu nas comunicações
para contribuir com o desenvolvimento do país e o bem-estar da população".
Em
2017, a Etecsa ativou 600 mil novas linhas de celulares no país, para um total
de 4,5 milhões.
Cuba
registrou, em 2016, mais de 4,5 milhões de usuários de internet, o que
significa uma taxa de 403 conectados para mil habitantes da nação caribenha, onde
vivem 11,1 milhões de pessoas, segundo dados oficiais.
Em
Cuba, uma hora de conexão nos pontos de wifi públicos custa um dólar.
Os
quatro pacotes de 30 horas da internet para casa têm preços que oscilam entre
os 15 e os 70 CUC (equivalente ao dólar), um serviço caro para o cubano, que
recebe um salário médio de 29 dólares por mês.
Causa espécie a presidente da empresa de comunicação cubana, em plenas trevas em termos do uso da internet no país caribenho, falar que o governo revolucionário consentiu "contribuir com o desenvolvimento do país e o bem-estar da população", mediante o acesso à internet por alguns cubanos, como se isso fosse fato extraordinário e verdadeiro avanço na história das comunicações daquele país.
Em
termos de internet e de comunicação com o mundo civilizado, as informações
acima mostram que Cuba já está começando a pensar em engatinhar, em se tratando
que o resto do mundo moderno e livre já vem, há décadas, se beneficiando dos
avanços desse precioso e magnífico serviço à disposição da humanidade.
Na
forma como a empresa estatal se vangloria de liberar a internet possivelmente
em apenas algumas casas, dá a ideia de que se trata de verdadeira revolução
operada em Cuba, que enfim vai poder disponibilizar esse revolucionário serviço
somente à pequena parcela da população, que certamente terá absoluta restrição
ao mundo externo, porque dificilmente o governo ditatorial vai fornecer a senha
livre para o ilhota se escandalizar com os avanços operados no mundo civilizado
e descravizado, sob pena de haver verdadeira e inaceitável revolução, diante da
cultura local, que não permite que seu povo conheça os maravilhosos avanços do
mundo moderno e evoluído.
Os
ditos esquerdistas brasileiros, que são fãs e idólatras dos ditadores e
tirânicos comandantes dos países de regime socialista/comunista e de extremo
atraso, em relação ao mundo moderno, livre e civilizado, precisam conhecer o
avanço anunciado pelo governo cubano, de permitir que algumas residências
passem a contar com acesso à internet, pasmem, já a partir deste ano, ficando
demonstrado o brutal atraso do país, também em termos de comunicação com a
civilidade, que já usufrui dos serviços avançados da internet há décadas.
É
importante que os brasileiros, acostumados com as liberdades normais e próprias
do ser humano e ao usufruto das maravilhas propiciadas pela evolução do
conhecimento científico e tecnológico, conheçam o estado precário e deplorável
do povo de Cuba, que somente agora, depois de décadas da descoberta e
implantação da internet, alguns felizardos daquele país poderão se beneficiar
do usufruto desse importante e evoluído meio de comunicação, possivelmente com
as restrições próprias do regime totalitário do comunismo, que despreza, de
forma truculenta e incivilizada, os direitos humanos e os princípios
democráticos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 3 de janeiro de 2018
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