sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Extremo fanatismo

À medida que se aproxima o julgamento, em segunda instância, do ex-presidente da República petista, os ânimos da militância da esquerda e, de resto, dos apaixonados pelo petista estão em potencial acirramento, à vista da demonstração de atos de intimidação e de ameaças, com tom de radicalização em seus discursos, principalmente nas redes sociais ou até mesmo em mensagens de celulares.
A propósito, a Polícia Federal já identificou um desses fanáticos manifestantes, em um áudio enviado pelo WhatsApp de um ex-candidato a vereador pelo PCdoB, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que fez ameaças horrorosas e monstruosas, onde se lia: “Se Lula for condenado, temos que brigar até as últimas consequências. Se precisar guerrear, nós temos que guerrear, nós temos que lutar. Nós temos que ir pra rua, ir pro pau. Nós temos que lutar. Talvez, quem sabe, até guerrilha. Montar guerrilha, começar a estourar cabeça de coxinha, de juiz, né, mandar esses golpistas para o inferno (…) Se nós precisar derrubar o prédio, tem que derrubar. Se precisar lutar, tem que lutar. Se precisar pegar cada um daqueles juízes depois da condenação, tem que pegar (cic)”.
Depois da identificação dessa ameaça, a Polícia Federal instaurou inquérito, ao qual a revista VEJA disse que teve acesso e contou os detalhes da conversa que ela teve com o militante insensato e desmiolado.
Obrigado a prestar depoimento, o militante comunista confirmou, como não tinha alternativa, diante do cerco da polícia, a autoria e o teor da gravação, mas disse, em demonstração de absoluta covardia, que é contra “qualquer tipo de violência”, ou seja, depois de dizer que faria todo tipo de violência para lavar a pele e a alma de seu líder, o petista-mor, inclusive de promover guerrilha, para “estourar a cabeça de coxinha, de juiz, né, mandar esses golpistas para o inferno (...) Se nós precisar derrubar prédio (cic)”.
Ou seja, os desavergonhados e covardes militantes de esquerda chegaram a fazer ameaças de extremo terrorismo, de teor assustador e incompatível com a ordem pública e os princípios democráticos e de civilidade, mas não foram punidos.
O comunista teria confessado que pretendia comparecer ao julgamento em Porto Alegre, mas acabou desistindo da ideia quando o seu áudio começou a circular em grupos de WhatsApp.
O militante, suspenso do partido comunista, infelizmente, não foi indiciado pela Polícia Federal, em razão de os investigadores terem entendido que se tratava de “crime de menor potencial ofensivo”.
A multiplicação desse tipo de ameaça, na vã tentativa de intimidação, que é própria dos simpatizantes da esquerda, mesmo que isso não passe de mera bravata, se deu após dirigentes e lideranças do PT terem elevado o tom de voz contra o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que decidirá o futuro político do ex-presidente, no dia 24 próximo.
Somente em uma das piores republiqueta se pode interpretar uma carrada de ameaças e intimidações às autoridades e às instituições constituídas, inclusive com possibilidade de explosão e derrubada de prédios, mortes aos juízes, a disseminação de guerra e de tantas barbaridades absolutamente inadmissíveis no Estado Democrático de Direito, como sendo, pasmem, mero “crime de menor potencial ofensivo”, em tremenda afronta à inteligência dos brasileiros honrados e que respeitam e observam rigorosamente o ordenamento jurídico da ordem pública e da integridade às pessoas e ao patrimônio público e privado.
Nos países sérios, civilizados e desenvolvidos, em termos sociais, políticos, jurídicos e democráticos, esse cidadão seria, no mínimo, enquadrado no crime de incitação à violência e à desordem pública, com possibilidade de pegar condenação exemplar, como forma de lição pedagógica e disciplinar para se evitar que outros atrevidos e desloucados promovessem ameaças semelhantes, ou seja, a punição dura poderia mostrar que ninguém pode destratar e ameaçar autoridades e muito menos tentar desmoralizar as instituições da importância do Poder Judiciário. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 19 de janeiro de 2018

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