A
presidente nacional do PT afirmou, em entrevista ao site "Poder 360",
que, para ser cumprido pedido de prisão do ex-presidente da República petista,
"vai ter que matar gente".
A
petista disse, textualmente: "Para
prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter
que matar gente. Aí, vai ter que matar".
O
petista será julgado, em segunda instância, no próximo dia 24, pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS), por força do recurso
contra a condenação a nove anos e seis meses de prisão, sentenciada pelo juiz
responsável pela Operação Lava-Jato, pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro, com relação ao apartamento tríplex, situado na praia do
Guarujá (SP).
Alguns
deputados do PT se reuniram com o presidente do TRF-4, para discutir as medidas
de segurança para o julgamento, de modo que tudo possa transcorrer em ambiente
de paz e harmonia.
Um
deputado federal e presidente do PT do Rio Grande do Sul disse que se preocupa
com o risco de conflitos durante as manifestações que, em sua avaliação,
poderiam ser provocados por adversários infiltrados, dando a entender que os
militantes são verdadeiros santinhos, que respeitam religiosamente os
princípios da harmonia e da ordem pública.
Segundo
reportagem publicada pelo jornal Folha de
S.Paulo, o chefe da segurança do Planalto do Planalto teria relatado ao
presidente brasileiro que há esquema de segurança montado pelas forças locais
para conter qualquer tumulto e que aposta na repetição da estratégia que
garantiu atos pacíficos em Curitiba, quando o petista foi condenado em primeira
instância.
No
caso da incitação à violência, fica clara a caracterização de crime e a
presidente do PT incorreu na prática dessa infração penal, passível de ser
enquadrada como tal, devendo responder criminalmente pela postagem.
Independentemente
de integrar qualquer partido político e ainda na qualidade de presidente de
agremiação, não pode a senadora da República defender criminoso já condenado à
prisão e ainda com a incitação à violência, inclusive ameaçando com
procedimento de morte, fato esse que afronta os princípios republicano e democrático.
Diante
de tamanha gravidade que isso caracteriza, compete, por haver clara incitação à
desordem pública, com o uso da violência extrema, os órgãos competentes,
inclusive o Ministério Público e o Poder Judiciário devem agir imediatamente e
adotar as medidas cabíveis, com vistas a coibir a arrogância e a prepotência
por parte da petista, fazendo com que a senadora seja enquadrada no crime de
incitação à violência, de modo que ela seja responsabilizada pela prática de
chamamento à desordem e à baderna, inclusive à morte.
A
senadora precisa se conscientizar de que a sentença condenatória à prisão da
lavra do juiz da Lava-Jato tem como fulcro as provas constantes dos autos, que,
à luz da consciência dele, há materialidade suficiente para a comprovação da
autoria dos fatos denunciados e isto precisa ser julgado, para fins de confirmação
ou não, pelos integrantes da 4ª Turma do TRF-4, composta por três desembargadores,
que agora vão dizer se o petista é culpado ou não, embora a militância não
consiga enxergar outra situação senão a de inculpabilidade do líder-mor, já que
ele garante que é a pessoa mais inocente e pura da face da Terra.
Agora
considerar que o político é intocável pela lei dos homens, que não pode ser
preso, porque isso implica derramamento de sangue, com morte, na mente
perturbada de uma senadora da República, não passa de irresponsabilidade
política da maior gravidade, porque essa circunstância desafia a inteligência
das pessoas, diante do fato de que condenação é consequência da apuração de
responsabilidades com base na materialidade das provas, atestadas por juízes da
maior competência jurídica, que jamais chegariam à conclusão da culpabilidade
se as provas não fossem robustas e incontestáveis, quanto mais em se tratando
do envolvimento de quem já foi presidente do país e pretende retornar ao
Palácio do Planalto.
O
resumo da história pode agora ser facilitado, em caso de prisão do petista e se
houver morte, que teria acontecido por obra e graça da presidente do PT, que
sentenciou que, se houver prisão do ídolo-mor, haverá morte e a senadora deverá
ser a primeira a ser chamada a explicar a sua ideia funesta e lamentável, para
quem é representante do povo e ainda presidente de partido político.
Mesmo
no país como o Brasil, a Justiça precisa ser acatada e respeitada, tendo em
conta o princípio segundo o qual ninguém está acima dela e ninguém pode se
sentir com o direito de incitar a violência e a desobediência civil, sob pena
de ser enquadrado no crime de incitação à violência.
Trata-se
de verdadeiro absurdo, em termos de responsabilidade cívica, uma presidenta de
partido, que não tem o mínimo de credibilidade, pelo fato de ter suas
principais lideranças presas e respondendo a graves denúncias de corrupção,
fazer afirmação desrespeitosa à dignidade das instituições e às autoridades
constituídas.
As
afirmações da senadora só corroboram para se acreditar nas ameaças feitas aos
desembargadores e às suas famílias, em relação a possíveis resultados punitivos
aos petistas, como se ele fosse realmente intocável, impunível e insuspeito,
dando entender que seus atos são incensuráveis e injulgáveis, quando não passa
de brasileiro igual aos demais.
Diante da
enorme reação da população, a senadora se corrigiu e disse que "Usei uma força de expressão para dizer o
quanto Lula é amado pelo povo brasileiro. É o maior líder popular do país e
está sendo vítima de injustiças e violência que atingem quem o admira. Como não
se revoltar com uma condenação sem provas?".
Por
sua vez, o presidente do Instituto Lula avaliou a declaração da presidente do PT,
tendo dito que a opinião dela foi "infeliz".
Não
é verdade que o todo-poderoso é amado pelos brasileiros, conforme alardeado pela
presidente do PT, porque o povo honrado, que ama o Brasil, tem se manifestado em
repúdio aos atos irregulares cuja autoria é atribuída a ele e que o seu desejo
é o de que o político precisa provar, perante a Justiça e a sociedade, a sua
inocência sobre as acusações e denúncias sobre práticas de atos irregulares.
Não
há a menor dúvida de que se trata de opinião infeliz, mas é lamentável que ela
reflete exatamente o pensamento ideológico do partido, que não se sente bem
quando a verdade vem à tona e principalmente quando ela tem como foco
integrante da legenda, porque, para seus integrantes, todos são imaculados,
injustiçados e perseguidos.
Em
contraposição, eles não têm a dignidade de assumir as responsabilidades por
seus atos, à vista dos famigerados escândalos do mensalão e petrolão, em que o
partido se julga imune por quaisquer fatos deletérios, sempre alegando que seus
atos estão revestidos da legalidade, porquanto eles foram aprovados pela
Justiça Eleitoral, embora as provas são abundantes e robustas na gestão de
governos passados, denunciando o desvio de montanhas de dinheiro para os cofres
de partidos políticos e os bolsos de políticos, executivos e empresários.
Os
brasileiros precisam se conscientizar, com o máximo de urgência, de que os maus
homens públicos devem ser eliminados da vida pública, o quanto antes possível,
tendo em vista o seu passado de enorme contribuição à destruição dos princípios
republicanos e em especial ao patrimônio da população, por meio de ação ou
omissão administrativas, permitindo que o país se estagnasse e permanecesse
distanciado do desenvolvimento experimentado pelas nações governadas por
estadistas de vanguarda, que conseguiram modernizar as estruturas e conjunturas
de seus países. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 18 de janeiro de 2018
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