sábado, 13 de janeiro de 2018

O extremo do rancor

Uma jornalista ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico, pré-candidata à Presidência da República, gravou vídeo em que chama o deputado federal ultradireitista de mentiroso e o compara ao pior ditador nazista alemão, além de desafiá-lo ao debate pessoal.
Logo na abertura da gravação, a jornalista faz a seguinte crítica agressiva: “Hoje vim aqui falar com você, Bolsonaro. Você é um mentiroso. O seu discurso de ódio faz as pessoas brigarem. Você não respeita as diferenças e vou lutar até o fim contra isso que é o pior do ser humano”.
Em seguida, ela afirma: “Hitler começou assim. Pegou uma Alemanha pobre, descrente, que precisava de autoestima. Convenceu as pessoas através do medo a acreditar em suas mentiras assim como você faz. Levou o mundo à maior guerra de sua história”.
A jornalista declara que a sua pré-candidatura busca a união e a conciliação, enquanto o deputado fluminense usa o discurso da guerra e do medo, para atrair o eleitorado e dividir ainda mais o país.
Em outro trecho da gravação, a jornalista afirma, ipsis litteris: “Você é um mentiroso e usa o medo para aterrorizar as pessoas que já vivem com medo, medo de não pagar as contas, medo de perder o emprego, de viver no meio da violência. O que você tem a oferecer às pessoas é o medo e não vou deixar você fazer isso. Acha engraçado brincar de guerra, acha engraçado mostrar arma para uma pessoa.”
Na opinião da jornalista, o brasileiro está descrente da política por causa da influência do deputado carioca e das “velhas raposas da política, que têm rabo preso”.
Ela conclui a gravação convidando o parlamentar para debater entre ambos, nestes termos: “Marque local e hora, vamos debater, Bolsonaro. Porque seus 15 minutos de fama acabaram”.
Na verdade, a jornalista tenta mostrar para o Brasil uma face bastante marcante do deputado ultradireitista, com afirmações muito violentas, agressivas, pesadas, grosseiras e, sobretudo, de uma injustiça impar e deselegante, dando a entender que ele é o pior dos homens políticos e, quem acreditar nela, vai pensar que o parlamentar é realmente uma pessoa muito má e perversa, que é capaz de revolucionar o pensamento das pessoas, porém no sentido mais cruel que se possa imaginar sobre a índole maléfica ao extremo da criatura humana.
Não há a menor dúvida de que a jornalista se excedeu na adjetivação das qualidades mais degenerativas possíveis, principalmente o comparando, sem a menor compaixão, à pessoa mais execrável da face da Terra, que foi capaz de quase exterminar a raça judaica.
Quem não tem acesso à mensagem em tela, certamente que não vai acreditar que pessoa sensata e equilibrada seja capaz de imaginar e afirmar expressões tão horríveis sobre o ser humano, que, na verdade, de sã consciência, o deputado não chegaria nem perto de tamanha maldade que possa representar para a sociedade, porque seria a reencarnação do holocausto, em pleno século XXI, diante dos péssimos mas hediondos da história da humanidade, à vista das convictas elucubrações e visões extraídas do pensamento absolutamente desequilibrado da jornalista, que não encontra paralelo na história política brasileira, por mais que os fatos deletérios recentes possam ter demonstrados de tudo de horrendo possível.
É bastante lamentável que a gravação em comento poderia ter sido feita com o intuito inverso ao disseminado com tanto ódio pela jornalista, porque ela poderia ter pensando em contribuir para o aperfeiçoamento da disputa política, em convite ao debate de alto nível de pessoas civilizadas e sensatas, como forma de construção e fortalecimentos de bases políticas aproveitáveis à melhora e à consolidação da boa vizinhança.
Não obstante, ao contrário disso, ela tem o exclusivo condão de acirrar as relações entre as pessoas e servir para distanciar e separar ainda mais as pessoas, diante das cristalinas agressões desequilibradas e injustas, com o claro intuito de destruir a imagem de um homem público, que conquistado a simpatia do eleitorado, sem o emprego de mentiras, proselitismo ou hipocrisia, próprias de muitos políticos sem caráter.
Trata-se de gravação altamente decepcionante, com conteúdo rancoroso e preocupante, diante do nível da pureza das atividades políticas ansiado pelos brasileiros, nas próximas eleições, a qual tem o condão de muito mais mostrar a personalidade maligna da jornalista e do que ela pode ser capaz de protagonizar na campanha política, justamente com a finalidade de angariar simpatia, ao fazer juízo de valor sobre as pessoas, porém com base em parâmetros que podem não condizerem nem corresponderem exatamente com a realidade dos fatos e isso não é nada bom para o estreitamento e a aproximação das relações humanas. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 13 de janeiro de 2018

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