domingo, 7 de janeiro de 2018

Lamentável memória curta

Com a possibilidade de o principal cacique petista ser impedido de concorrer às eleições para o Palácio do Planalto, neste ano, o instituto Paraná realizou pesquisa com outros nomes do PT na disputa, cujo resultado do levantamento revelou, de forma até surpreendente, que a também ex-presidente petista poderia ser a candidata mais competitiva do partido.
Conforme a pesquisa publicada pela coluna Radar da revista Veja, se o ex-presidente não reunir condições para concorrer, o deputado federal ultradireitista será o maior beneficiado, por liderar em todos os cenários pesquisados.
Em confronto direto com a ex-presidente petista, conforme a revelação do nome mais promissor do PT, o deputado carioca venceria o pleito, com bastante folga, por ter atingido o patamar de 22,8%.
A ex-presidente, pasmem, vem logo em seguida, com a indicação de 13,4% das intenções de voto, que é seguida pelos governador de São Paulo, com 8,7%, ex-governador do Ceará, com 7,7%, e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, com 7,6%. O petista ex-ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia conseguiu apenas 3,9%.
Sem a participação da ex-presidente na disputa, o deputado carioca e ex-militar aparece na liderança, com 23,2% das intenções de voto, sendo seguido, mas bem distanciado, pela ex-senadora e ambientalista, com o índice de 14,8%.
O responsável pela pesquisa disse que, quando as pessoas eram perguntadas quem seria o candidato mais forte sem o ex-presidente petista, 30% delas apostam que a ex-presidente seria a herdeira natural dos eleitores do padrinho político dela.
Como já não é mais novidade, o julgamento do recurso do ex-presidente, em segunda instância, será realizado no próximo dia 24, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS).
Como a citado recurso diz respeito à apelação sobre a condenação à prisão do político, por nove anos e seis meses, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, se houver confirmação da sentença condenatória do juiz da primeira instância, o político ficará alijado da corrida presidencial, por força do entendimento esposado pelo Supremo, no sentido de que quem for julgado à prisão por colegiado, que é o caso da 8ª Turma do citado tribunal, o cidadão fica automaticamente impedido de se candidatar a cargo público eletivo.
A pesquisa poderia ter sido feita junto à legião dos desempregados, que ainda buscam oportunidade de trabalho, que talvez tenha sido o seu principal pior legado deixado aos brasileiros pelo desastrado governo dela e, certamente, nesse caso, a pesquisa poderia ter sido muito mais fiel, ao retratar o quanto ela não teria a mínima condição de voltar a comandar o país com as grandezas econômica, política e social como o Brasil, que tanto precisa de competência e eficiência para efetivamente mudar, por completo a mentalidade administrativa, com o verdadeiro sentimento de aperfeiçoamento e modernidade experimentados nos países de primeiro mundo.
Se bem que os brasileiros têm memória curta e possivelmente já se esqueceram das mazelas deixadas para o desastroso presidente atual, que, a trancos e barrancos, conseguiu, por verdeiro milagre, encontrar o caminho da recuperação da economia, embora ainda em ritmo lento, mas mesmo assim animadora, à vista da inacreditável queda da inflação, para próximo de 3%, e das taxas de juros, para quase 7% - contra quase 10% e 14,75%, respetivamente -, com a recessão sendo praticamente sufocada, o emprego parando de cair e já apresentando recuperação, mesmo aos poucos, e a produção respirando sem os aparelhos, tudo mostrando que, com um pouco de competência, os indicadores socioeconômicos podem retomar a normalidade do ritmo de crescimento satisfatório.   
Ou seja, não fosse a marca indelével da forte corrupção, que também se apresenta muito agressiva no seu governo, o país tinha tudo para esquecer atrapalhado governo, com tantos episódios bastantes prejudiciais aos interesses dos brasileiros, que levaram muito tempo andando de marcha-à-ré, por culpa de políticas absolutamente dissonantes com os princípios da competência e da eficiência.
O simples fato do impeachment da petista já seria mais do que suficiente para que os brasileiros a desprezasse e a esquecesse, em definitivo, à vista de que o principal motivo do seu afastamento não foi a arraigada corrupção no governo dela, mas sim a abissal crise de incompetência administrativa, mais especificamente na gestão de recursos públicos, muito bem retratada nas famosas “pedaladas fiscais”, que nada mais eram do que a realização de despesas sem a devida existência de receitas para suportá-las, as quais eram pagas por bancos oficiais, cuja operação era vedada pela Constituição e legislação aplicável à espécie, tendo sido caracterizado como crime de responsabilidade fiscal, que é a inobservância de normas de administração orçamentária e financeira.
Embora esse fato tenha sido negado, com veemência, pela então presidente petista, mas o Tribunal de Contas da União o registrou nas contas prestadas pelo governo, que tiveram a recomendação dessa corte ao Congresso Nacional para não as aprovar, exatamente em razão do descumprimento de regras essenciais à execução dos orçamentos públicos, que tiveram rombos homéricos, na gestão dela, à vista dos déficits extraordinários de bilhões de reais, que perduraram nos anos seguintes.
Em razão da notória gravidade dos fatos lamentáveis e desastrados ocorridos no governo da ex-presidente da República petista, extremamente maléficos e prejudiciais aos interesses do país e dos brasileiros, seria certamente a continuidade das terríveis mazelas e do subdesenvolvimento do país, caso ela viesse a se candidatar e se eleger à Presidência da República, notadamente porque o país com as grandezas econômica, política e social como o Brasil não merece que tamanha desgraça aconteça novamente em tão pouco tempo, diante das horrorosas lembranças de quem teria sido eleita, até então, como a pior presidente da história contemporânea. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 7 de janeiro de 2018

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